O Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank) aprovou um montante de $200 milhões para financiar a construção de um oleoduto destinado à exportação de petróleo do Uganda para Tanzânia. O Afreximbank também se mostrou disposto a apoiar a edificação de uma refinaria no território ugandês.
O oleoduto avaliado em $3,5 biliões vai conectar ambos os países africanos, e deve partir dos campos petrolíferos do Uganda localizados no oeste do país até um porto na costa do Oceano Índico na Tanzânia. No entanto, a construção desta importante infraestrutura atraiu críticas de ambientalistas e legisladores da União Europeia. A francesa TotalEnergies, responsável pelo desenvolvimento do projecto, está a enfrentar uma crescente pressão para abandonar o projecto ou redireccioná-lo por causa de protestos contra possíveis danos ao meio ambiente e comunidades locais.
O parlamento europeu decidiu dar voz às campanhas de ambientalistas locais e internacionais e aprovou uma resolução no mês passado pedindo que a TotalEnergies atrasasse o desenvolvimento do oleoduto por 1 ano para explorar outras rotas opcionais ou projectos alternativos de energia renovável.
A UE alertou que o pipeline e a infraestrutura associada deslocariam cerca de 100.000 pessoas, comprometeriam os recursos hídricos e colocariam em risco áreas marinhas protegidas na Tanzânia.
Enquanto isso, o governo ugandês defende que os esforços para desenvolver um oleoduto de exportação e uma refinaria doméstica de petróleo poderão agregar um grande valor à economia local, ajudando a criar postos de trabalho e maximizar os benefícios dos recursos petrolíferos.