O foco recente da África do Sul na geração de energia a carvão levou ao colapso dos fabricantes e fornecedores de energia renovável do país. A actual crise energética no território sul africano pode levar anos para ser resolvida.
O país está a vivenciar a sua pior crise de fornecimento de electricidade, com a concessionária Eskom implementando cortes de energia e blackouts contínuos, enquanto perdura a luta para o fornecimento estável de electricidade. Muitas unidades de geração de energia movidas a carvão da frota envelhecida da Eskom estão frequentemente inactivas e interrompendo a distribuição de energia na África do Sul.
Actualmente, o carvão é de longe a principal fonte de energia para a África do Sul, compreendendo cerca de 80% da matriz energética do país. Além disso, a nação sul africana é o quinto maior exportador de carvão do mundo.
A Lekela Power, a maior empresa de energia renovável da África, tem mais de 1 GW de energia eólica em operação em todo o continente, a maior parte na África do Sul, Senegal e Egipto. De acordo com a companhia, a sua visão estratégica é fornecer benefícios sustentáveis e de longo prazo para os países e comunidades africanas por meio de energia limpa e confiável. O governo sul-africano começou recentemente a pressionar por mais geração de energia renovável, mas durante os últimos 5 anos, quando o país não comprava energia limpa para a rede, muitos fabricantes de componentes eólicos e solares faliram.
Estima-se que o novo interesse em energias renováveis não irá melhorar a actual crise de energia no prazo imediato, já que seria necessário pelo menos 2 a 3 anos para a nova geração de energia solar e eólica aliviar a vigente situação.