A OPEP está a considerar em aprofundar os cortes de produção para evitar uma queda dos mercados nos próximos meses, mas a sua produção de petróleo em novembro mostra que já está a cumprir significativamente com as quotas comprometidas.
Em Novembro, os 11 membros com quotas incluindo a Arábia Saudita, produziram 25,66 mbpd, um corte de 1,18 mbpd em relação aos níveis de Outubro, atingindo uma taxa de conformidade de 145%, cerca de 368.000 bpd a mais do que o acordado.
A Arábia Saudita, reportou uma produção de 10,30 mbpd em Outubro, após reabastecer os seus estoques e ter recuperado do ataque às principais instalações de petróleo, atingiu 9,90 mbpd em Novembro, cerca de 431.000 bpd abaixo de sua quota. Os sauditas têm estado a produzir abaixo do limite dos cortes, de formas a liderar a coalizão. As acções da Saudi Aramco, devem começar a ser negociadas a próxima semana na bolsa de valores doméstica e poderá motivar a manutenção dos preços do petróleo e mantê-los estáveis.
A Arábia Saudita pressionou o Iraque e a Nigéria, os 2 membros que menos cumprem com as quotas, a alinhar sua produção aos acordos.
O Iraque, que produziu 4,64 mbpd em Novembro, uma queda de 130.000 bpd, recorreu fortemente aos seus estoques de petróleo para manter as exportações robustas enquanto fechava a produção em alguns campos. Mas ainda assim permanece acima da sua quota de produção de 4,51 mbpd.
A Nigéria reduziu para 1,87 mbpd, ainda 100.000 bpd acima da sua quota de 1,77 mbpd. Angola também teve uma grande redução no mês de Novembro, uma vez que a manutenção no campo de Girassol e a exaustão dos campos maduros levaram a um declínio mensal de 90.000 bpd para 1,26 mbpd, seu nível mais baixo desde que entrou para a OPEP em 2007.
O Irão, que está isento do acordo de cortes de produção da OPEP+, viu a sua produção a cair para 2,15 mbpd, a menor desde Abril de 1988, enquanto continua a lutar contra as sanções dos EUA.
Entre os beneficiários, o Kwait subiu para 2,71 mbpd logo abaixo da sua quota, enquanto que o Equador se recuperou dos protestos de Outubro que levaram a NOC Petroecuador a tomar medidas extremas nas exportações para produzir 520.000 bpd. A Venezuela, também isenta do acordo da OPEP+, conseguiu aumentar a sua produção para 700.000 bpd
O Equador anunciou que deixará de ser membro da OPEP no final de 2019. De lembrar que em julho, a OPEP e 10 membros não-OPEP concordaram em estender até Março de 2020 o contracto de corte de 1,2 mbpd, em resposta ao declínio do preço do barril de petróleo nos mercados internacionais. (Platts).