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A OPEP Precisa de um Milagre para Elevar os Preços

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Nos últimos anos a OPEP se destacou no controle da oferta para manusear os preços internacionais do petróleo de maneira favorável aos seus membros, porém o controle da OPEP sobre os preços do petróleo tem diminuído irreparavelmente e a oferta não tem sido destacada como principal factor.

Quando a OPEP anunciou pela primeira vez a limitação da sua produção pelos seus membros, a fim de reverter uma queda acentuada nos preços, os resultados foram positivos, atingindo fluxos máximos do Xisto nos EUA na última década. Contudo, quando a OPEP afirmou que reduziria esse fluxo, os preços foram recuperados o que proporcionou um alívio aos produtores de petróleo de todo o mundo, incluindo os produtores do petróleo de Xisto dos EUA. O Patch de xisto foi recuperado positivamente, o que aumentou a produção de petróleo nos EUA, tornando-o no maior produtor de petróleo do mundo desde o ano passado. Enquanto isso, a OPEP e seus aliados liderados pela Rússia, decidiram cortar novamente, contudo, os cortes não obtiveram o sucesso esperado. Os preços permaneceram moderados, com excepção ocasional de curta duração. Embora o Brent e o WTI, estão mais altos do que eram antes do segundo anúncio de cortes pela OPEP, a referência internacional é muito menor em relação aos maiores produtores da OPEP, principalmente da Arábia Saudita.

A razão pela qual os cortes da OPEP não têm funcionado, é que os agentes dos mercados não têm observado, pois a guerra tarifária entre Washington e Pequim, tornou-se no principal centro das atenções dos agentes do mercado. Segundo analistas, a guerra tarifária EUA-China, pode prejudicar a demanda global por petróleo, no que resulta em fortes prejuízos ao preço do barril de petróleo. Com isto, a OPEP pretende demonstrar que ainda possui as ferramentas apropriadas para impedir a queda de preços provocada em grande parte pelas políticas da Casa Branca.

A recente queda 2014/16 demonstrou o impacto reduzido que a OPEP agora exerce sobre os preços do petróleo. Enquanto a OPEP anunciou os cortes na produção, o Xisto terrestre de EUA, neutralizou qualquer pressão ascendente dos preços.

Actuamente as sanções contra o Irão e a Venezuela continuam a influenciar significativamente aos preços da OPEP. Quando os preços da OPEP+ foram reduzidos no final do ano passado, os parceiros concordaram na retirada de 1,2 mbpd, combinados com o mercado global de petróleo. Em Julho do corrente ano, a OPEP concordou em estender os cortes até ao início de 2020. No entanto, a produção total diminuiu mais de 1,2 mbpd, fruto das sanções dos EUA a Venezuela e Irão, que afectaram gravemente as taxas de produção destes países.

Por outro lado, o preço do Brent Benchmark, tem pairado em torno dos $60/bbl. A preocupação da guerra comercial, juntamente com o aumento incessante da produção dos EUA, tem jogado um mau papel para OPEP. A única maneira de se alcançar preços mais altos é o aumento dos cortes, visto que a estratégia de produção falhou exponencialmente. Todavia, Cortes mais profundos significaria perda de participação de mercado, e qualquer alteração nos preços pode ser substancial para justificar esta perda. Neste contexto, considera-se duvidoso que alguns membros da OPEP e a Rússia possam concordar com o aumento da redução da sua produção de petróleo. Isto significa que possivelmente a OPEP precisa ficar de fora e assistir a guerra comercial entre EUA-China, esperando por um acordo. Isto poderia ser o milagre para a OPEP obter os preços mais altos, em que a economia da OPEP depende. Um acordo comercial elevaria o preço do petróleo até $80, o que seria benéfico para a economia.

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