Enquanto a Fase 3 da Covid-19 se intensifica globalmente, os Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque estão incertos sobre a extensão dos cortes na produção de petróleo da OPEP até 2021, o que significa que, em Novembro, o acordo da OPEP pode ser questionado, apesar do claro atraso da demanda em meio a uma pandemia que não mostra sinal de desistência.
Isso é um obstáculo aos esforços para reequilibrar o mercado e, embora a Arábia Saudita, e até mesmo a Rússia hesitante, pareça pronta para continuar com 7,76 mbpd de cortes en 2021, o Iraque sempre foi um caso isolado, e agora até os EAU e Kuwait estão com dúvidas face aos déficits orçamentais.
Em Abril, os EAU produziram 3,9 mbpd, actualmente a produção baixou para menos de 2,6 mbpd. O Kuwait está a produzir pouco menos de 2,3 mbpd, muito abaixo dos cerca de 3,1 mbpd produzidos antes da implementação dos cortes da OPEP. O Iraque definitivamente não pode lidar com os cortes e aguarda por uma aprovação de isenção para o ano 2021.
Novembro é um mês de enormes incertezas devido às eleições presidenciais dos EUA e o flagelo econômico de uma pandemia ressurgente.
Do jeito que está, a OPEP+ espera reduzir os cortes de produção para 5,8 mbpd em Janeiro, mas os sauditas e os russos também deixaram claro que considerarão as implicações da demanda antes de tomar essa decisão. E por enquanto, com a 3ª onda de Covid-19 com grande ênfase nos EUA e na Europa, e mais bloqueios iminentes (particularmente na Alemanha e na França), esta revisão do corte de produção para baixo pode não ser viável. Além disso, qualquer recuperação da demanda na produção de petróleo e gás dos EUA perturbaria ainda mais esses planos.
O retorno da produção da Líbia não parece ser uma grande motivo de preocupação para as nações do Golfo, ou OPEP+ em geral, com especulações de que a Líbia não será capaz de aumentar amplamente sua produção até Novembro ou mesmo em Janeiro, devido aos conflitos políticos que provavelmente não serão resolvidos brevemente. (Oilprice).
