A Arábia Saudita aumentou drasticamente seus preços oficiais de venda de petróleo, removendo quase completamente os grandes descontos que possuía para preservar sua participação de mercado durante a guerra de preços que travou contra Rússia em Março
O aumento ocorre logo após um acordo com os parceiros da OPEP+ para estender os cortes de produção que eles acordados em Abril, que agora se estenderão até o final de Julho. Espera-se que esta operação resulte num aumento nos índices de referência do Brent, elevando o benchmark próximo dos $43,17/bbl.
No entanto, os compradores de petróleo da ásia provavelmente se acostumaram a preços mais baixos, e também provavelmente encheram as suas instalações de armazenamento crude durante a crise, especialmente a China que aproveitou os baixos preços e baixa demanda para aumentar as suas reservas estratégicas.
Os choques entre as margens de refino e a capacidade de refino continuam a aumentar, tendo em conta o excesso de oferta no mercado, tornando-se num indicativo de uma possível quedas nas aquisições do petróleo saudita, uma vez que para o mercado asiático os preços baixos são uma necessidade e não uma preferência.
Este posicionamento da Arábia Saudita forçará outros produtores do Médio oriente a tomarem o mesmo rumo, o que já suscitou preocupações não apenas entre as refinarias asiáticas como também nas europeias. (Oilprice).