A Arábia Saudita espera finalmente superar os anos de déficits orçamentais, acentuados pela pandemia da covid-19, com a previsão de um superávit em 2022, devido à recuperação do mercado petrolífero global e ao aumento dos volumes de produção de petróleo, bem como dos cortes nas despesas e impostos mais altos.
Atualmente maior exportador mundial de petróleo, a economia da Arábia Saudita está intrinsecamente ligada à saúde do mercado global de petróleo, apesar dos esforços significativos para diversificar e promover o seu sector privado. Recentemente, o país destacou o papel fundamental desempenhado pelos cortes de produção da aliança OPEP+, juntamente com o lançamento global do programa de vacinação, no apoio a um aumento de 69,5% nos preços do Brent de Janeiro-Outubro.
Embora tenha registado uma queda de 302.600 bpd (3,4%) na produção de petróleo de Janeiro-Outubro para 8,9 MBPD em comparação ao período homólogo, estimam-se receitas totais para o ano 2021 na ordem dos $248 biliões, contra os $208 biliões registados em 2020.
Para o ano fiscal 2022, a Arábia Saudita prevê receitas na ordem dos $279 biliões, um aumento de 12% em relação a 2021, à medida que os cortes de produção da OPEP+ continuam a ser revertidos. Por outro lado, as previsões indicam uma diminuição nas despesas de $271 biliões em 2021 para $255 biliões em 2022, uma redução de 5,9% que resultará num déficit orçamental de 2,7% em um superávit de 2,5% ($6,7 biliões) em 2022.