De acordo com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, durante a cimeira EUA-Árabes em Jeddah, a Arábia Saudita não tem capacidade adicional para aumentar a sua produção de petróleo além dos 13 MBPD.
A declaração do príncipe herdeiro saudita ocorre num momento em que o país do Médio Oriente está cada vez mais sob pressão dos EUA para aumentar rapidamente a sua produção de petróleo a fim de ajudar a aliviar a alta inflação e os preços do petróleo. A cimeira contou com a presença do presidente dos EUA, Joe Biden, e líderes dos 6 estados do Conselho de Cooperação do Golfo, além do Egito, Jordânia e Iraque.
Os EUA têm pedido aos membros da OPEP, mais precisamente a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos que continuem a produzir mais petróleo, mas nem os 2 principais produtores da organização nem outras nações do Golfo prometeram aumentar imediatamente a sua produção. O príncipe herdeiro saudita afirmou ainda que os investimentos em combustíveis fósseis devem continuar nas próximas duas décadas para atender à crescente demanda global, o que exige um esforço colectivo dos principais produtores em todo o mundo. Adoptar políticas irrealistas para reduzir as emissões excluindo as principais fontes de energia levará nos próximos anos a uma inflação sem precedentes e a um aumento dos preços da energia, assim como a escalada na taxa de desemprego e o consequente agravamento dos problemas sociais e de segurança.
O crescimento da economia global está intimamente ligado ao benefício de todas as fontes de energia disponíveis no mundo, incluindo os hidrocarbonetos, enquanto se controla as suas emissões por meio de tecnologias limpas. Os principais membros da OPEP, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos têm estado a investir fortemente para manter e expandir a capacidade de produção actual. A Arábia Saudita tem actualmente uma capacidade de produção de petróleo de 12 MBPD, que planeia aumentar em 1 MBPD perfazendo um total de 13 MBPD até 2027 por meio do desenvolvimento de novos projectos offshore.
Espera-se que os EUA continuem a pressionar a Arábia Saudita e outros estados-membros da OPEP nos próximos meses, apesar da maioria dos membros do grupo possuir uma capacidade limitada para aumentar a sua produção no curto prazo.
