A petrolífera BP tenciona encerrar suas operações no upstream do Iraque, onde a supermajor opera o maior campo de petróleo daquele país.
De acordo com o ministro dos petróleos iraquiano, para além da BP, a Lukoil, segunda maior empresa produtora de petróleo da Rússia, também pretende vender a sua participação no campo West Qurna-2 para empresas chinesas, uma vez que o actual clima de investimento no Iraque não é favorável para garantir a continuidade das principais petrolíferas internacionais naquela região.
Desde o mês de Junho que a BP tem avaliando a possibilidade de se desfazer dos seus activos no Iraque, incluindo sua participação no 3º maior campo petrolífero do mundo. A supermajor está supostamente a trabalhar no plano de criação de uma Joint-Venture com a China National Petroleum Corporation (CNPC), proprietária da PetroChina, que é parceira da BP neste campo, juntamente com a Basra Oil Company (BOC), empresa estatal iraquiana.
A saída da BP no Iraque, representará sem dúvidas um acto simbólico e de demonstração do compromisso da companhia no que tange a sua aposta nas energias renováveis, considerando que a gigante petrolífera já no Iraque há quase 100 anos, tendo começado em Kirkuk na década de 1920, quando trabalhou na pesquisa, produção e exportação de petróleo de Baba Gurgur, o até então maior campo de petróleo do mundo.
Estima-se que Rumaila, o 3º maior campo produtor de petróleo do mundo, tenha reservas recuperáveis em torno dos 17 biliões de barris crude. Com a BP como a companhia operadora, o campo petrolífero de Rumaila produz 1,5 MBPD, cerca de 1/3 do petróleo bruto produzido no 2º maior produtor da OPEP, depois da Arábia Saudita.