Os refinadores chineses não têm pressa em finalizar os acordos de compra de crude do Oeste de África para a entrega em Agosto, expectantes por preços mais baixos do crude angolano, uma vez que se espera uma queda da mais recente subida, sendo que os benchmarks globais caíram e a estrutura actual do mercado aponta para um enfraquecimento da venda a prêmio para a entrega imediata.
As refinarias chinesas estão actualmente no mercado em busca de suprimentos para Agosto, mas não estão apressados em fechar contractos porque o Brent encontra-se em backwardation; a situação do mercado em que os preços do 1º trimestre estão sendo negociados a um prêmio comparado aos preços futuros, resultou num estreitamento acentuado, apontando para um possível enfraquecimento dos preços spot.
Os diferenciais do crude do Oeste de áfrica continuam muito elevados, tornando as importações não-rentáveis. Em adição, às margens de refino da Ásia estão sobre pressão e cairam para os níveis mais baixos dos últimos 16 anos, fazendo com que as refinarias ao longo da região cortem as taxas de processamento.
Embora as refinarias na Ásia não fiquem sem escolha para o petróleo bruto após o término das isenções de sanções dos EUA para o petróleo iraniano, o preço mais alto do crude alternativo, bem como o aumento das exportações de combustível da China, estão a reduzir as margens de refino na Ásia.
As refinarias chinesas, por sua vez, estão a armazenar petróleo bruto desde o 1º semestre deste ano, o que levará a uma então provável desaceleração nas importações de petróleo no 3º trimestre 2019. Os traders dos crudes angolanos e nigerianos já começaram a reduzir as ofertas de cargos para Julho, devido ao alto custo dos fretes para Ásia que têm estado a desencorajar os compradores.
A insatisfação dos compradores asiáticos em relação aos altos preços do petróleo angolano, levaram a uma revisão negativa das ramas angolanas tanto pesadas como leves, -revisadas para baixo entre $0,20 a $0,30 por barril. (Oilprice).