A Arábia Saudita vai estender o corte voluntário na produção de petróleo de 1 MBPD até o final de 2023, baixando os níveis globais de produção para 9 MBPD durante o resto do ano, estando previstas revisões mensais para acompanhamento.
Os players do mercado petrolífero buscam respostas em relação à postura da OPEP, relativamente à sua estratégia de cortes na produção, tendo em conta as medidas adicionais e o papel desempenhado pela Arábia Saudita e a Rússia
O crude está a ser negociado em alta, com o Brent a atingir o preço de $90,57/bbl, cerca de $6/bbl acima da média do mês anterior.
O mercado está a digerir o recente anúncio da Arábia Saudita e são esperados mais movimentos nos preços do barril de petróleo bruto nos próximos dias. A questão agora recai para a possibilidade de haver baixas ou altas com base na especulação e níveis de cumprimento destes cortes ora anunciados. Embora os cortes na produção da Arábia Saudita possam ser vistos como optimistas na restrição do fornecimento global de petróleo, os pessimistas são rápidos a salientar que isto significa que a Arábia Saudita não vê a procura de petróleo bruto da China a aumentar o suficiente para justificar o afrouxamento das rédeas da sua actual estratégia de corte de produção.
Originalmente, a Arábia Saudita tinha proposto o corte adicional de 1 MBPD no fornecimento, um corte voluntário no fornecimento, como um evento apenas realizado em Julho. Mais tarde, porém, a Arábia Saudita estendeu o corte de produção para Agosto e Setembro. O corte não é exigido como parte do acordo alcançado com a coalizão OPEP+, representando um acréscimo aos níveis acordados pelo grupo.