A petrolífera estatal brasileira Petrobras alertou ao governo que o país provavelmente irá sofrer uma escassez de diesel neste ano, a menos que a empresa seja autorizada a comercializar combustível aos preços praticados no mercado global, e que será difícil para a empresa e para outros players importadores de combustível importar diesel, numa fase em que se regista o pior déficit de combustível em 14 anos.
Se o governo brasileiro não der o sinal verde face às vendas de derivados ao preço do mercado internacional, há um risco material de desabastecimento de diesel durante o pico da demanda, num momento em que o país presencia o período de colheita de produtos agrícolas e consequentemente poderá desestabilizar o PIB do país.
Segundo a empresa, e consoante os dados disponíveis relativamente a da capacidade de armazenamento do país, há uma probabilidade da escassez de diesel ocorrer no 3º trimestre do corrente ano, período que coincide com a colheita da safra de soja.
O governo brasileiro tem pressionado a Petrobras para manter os preços dos combustíveis abaixo dos preços praticados no mercado internacional, uma vez que se apresenta como uma medida impopular tendo em vista o pleito eleitoral que se avizinha. No entanto, caso a Petrobras deixe de praticar os preços de mercado por um período acima de 3 semanas, há uma chance de se verificar escassez de diesel em alguns postos de abastecimento.