Os Estados Unidos procuram reorientar a sua relação energética com os principais países da OPEP, do Médio Oriente, com destaque a Arábia Saudita, após um período de tensão entre ambos países por causa dos altos preços do petróleo.
Recentemente, o principal diplomata americano para os assuntos energéticos, reuniu com as autoridades do Médio Oriente, incluindo o ministro da Energia da Arábia Saudita. Neste encontro foram abordadas as áreas em que os EUA e a Arábia Saudita podem se associar para investir na transição energética e colaborar para construir uma arquitetura de energia limpa para o século 21.
A reunião ocorreu após um período difícil nas relações entre os dois países, depois que os EUA decidiram liberar milhões de barris da Reserva Estratégica de Petróleo de para derrubar os altos preços do petróleo, já que a aliança OPEP+ liderada pela Arábia Saudita e a Rússia se recusaram a aumentar sua produção de petróleo.
A OPEP+ avalia agora se deve avançar com um aumento de produção mensal planeado de 400.000 bpd ou, em vez disso, fazer uma pausa para analisar o comportamento do mercado após o impacto do lançamento das reservas e da nova variante da covid-19. A coalizão deve ainda discutir em reunião a sua política de produção para janeiro ao longo da semana. Os preços do crude caíram mais de 10% desde o pico em outubro devido ao impacto da liberação das reservas e ao surgimento de uma nova variante do coronavírus.
No encontro entre as autoridades americanas e sauditas, os EUA expressaram seu apoio à tomada de decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e ambas partes concordaram em se consultar sobre a dinâmica do mercado.
