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Gás Natural em Ascensão em África

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Em 2018, enquanto grande parte do mundo estava a deixar a produção de energia a carvão movendo-se em direção à fontes de produção de energia mais verde , o carvão avançava a todo vapor no continente africano, em particular no norte de África, onde uma onda de projectos de energia térmica e novas usinas movidas a carvão estavam a ser planeadas.

A Siemens concluiu as 3 maiores usinas movidas a gás de ciclo combinado do mundo para a Egyptian Electricity Company, que em conjunto fornecem 14,4 GW. No mesmo ano, 1,4 GW de energia movida a carvão entrou em operação em Marrocos. No entanto, pode ter sido o último alento de carvão em África, já que os projectos de carvão em grande escala já estão a ser arquivados. No Egipto, a construção da usina de carvão de Hamrawein foi interrompida e outros consideráveis projectos a carvão que iriam gerar cerca de 15,2 GW. 

O rápido afastamento do carvão está a ocorrer em conjunto  com o desenvolvimento de projectos de gás e energias renováveis, com um ritmo acelerado mesmo com a Covid-19, tornando-se numa chave na transição do continente em direção ao gás natural, como uma alternativa mais limpa e um trampolim eficaz em direção à redução na emissão de carbono. Apesar da persistência do afastamento do carvão durante a pandemia, observa-se uma incerteza se os planos actuais para adicionar um capacidades de LNG  será capaz de continuar conforme planeado. 

Atrasos repetidos, ameaçam o desenvolvimento de um terminal de importação de LNG, com um investimento inicial de $4,5 biliões a ser construído em Jorf Lasfar/Marrocos. Outro grande projecto está em andamento na Argélia, onde um consórcio Sul-Coreano está a desenvolver aquele que será o maior projeto de gás no Norte de África, com uma previsão de entrar online em 2025 caso não seja prejudicado pela pandemia ou outros imprevistos. 

Embora o Norte de África esteja a liderar em direção ao gás natural e energias renováveis, também há algum desenvolvimento na Costa do Marfim, mas muito lento em comparação aos passos dos vizinhos do Norte. A melhoria dos ambientes regulatórios em alguns mercados, juntamente com o desejo de substituir as antigas turbinas movidas a diesel por turbinas a gás mais eficientes, deveriam resultar no desenvolvimento de campos de gás na Costa do Marfin, mas ainda não há previsões de algum interesse em explorar campos de gás. 

A África é vista como um mercado amplamente inexplorado, com um potencial muito lucrativo para as empresas internacionais entrarem e conquistarem novos mercados. África encontra-se no centro de uma batalha geopolítica entre países como a Rússia, China e a Coreia do Sul, dos quais querem ganhar uma fatia significativa e estabelecer a sua presença na região, como por exemplo a luta da China e da Rússia na conquista do mercado da energia nuclear em África, onde muito desses projetos estão a ser empurrados para o continente. (Oilprice).

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