O Irão pretende aumentar significativamente as suas exportações de petróleo para compensar a restrição na oferta global de petróleo observada actualmente nos mercados internacionais, à medida que a crise energética se intensifica na Europa, pressionando o continente a encontrar urgentemente outras fontes alternativas de fornecimento de petróleo e gás.
De acordo com o director da National Iranian Oil Company – NIOC, Mohsen Khojastehmehr, o país tem se esforçado ao máximo para recuperar a sua participação no mercado de petróleo e reaver os seus clientes. Depois de conseguir aumentar a produção aos níveis pré-sanções, o membro da OPEP tenciona dobrar as exportações de petróleo, uma vez que possui capacidade nos seus terminais petrolíferos e outros mecanismos para aumentar as vendas de petróleo.
No final do ano passado, as exportações iranianas subiram para cerca de 1,6 MBPD, mantendo-se também nesse nível ao longo do 1º trimestre deste ano. A China é de longe o maior importador de petróleo do Irão, apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos. Até o momento, o petróleo iraniano representa cerca de 7% do total das importações chinesas de crude. Enquanto isso, um vislumbre de esperança surgiu no início deste mês após o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, visitar o país asiático para tratar sobre os assuntos relacionados ao acordo nuclear.
As negociações sobre a energia nuclear iraniana, paralisadas já algum tempo devido às diferenças aparentemente irreconciliáveis entre os lados iraniano e norte-americano, foram retomadas na semana passada e agora parecem estar mais próximas do seu desfecho, podendo resultar no retorno do petróleo iraniano aos mercados internacionais.