Os EUA aumentaram as suas exportações de gás natural liquefeito para níveis recordes, à medida que os preços do gás e as tensões geopolíticas na Europa continuam a crescer por conta da crise de energia no hemisfério norte e o impasse entre a Rússia e a Ucrânia.
No sábado 12 de fevereiro, os navios-tanque de LNG estavam carregados e atracados em cada uma das 7 instalações de exportação de gás nos Estados Unidos, com um volume recorde de 13,3 biliões de pés cúbicos de fluxos de gás natural prontos para serem exportados. Esta é a primeira vez que os 7 terminais de exportação de LNG viram navios-tanque atracados para carregar gás ao mesmo tempo, e como mostram as estimativas, mais de 2/3 terços de todos carregamentos de gás natural liquefeito que saem dos Estados Unidos são destinados à Europa.
A actual crise de energia na Europa com os stocks historicamente baixos, com a oferta de gás da Gazprom abaixo do normal e as tensões geopolíticas tornaram o LNG dos EUA mais lucrativo na Europa, onde os preços do gás natural estão agora cerca de 6 vezes mais altos do que os preços de referência do Henry Hub nos EUA.As exportações de LNG dos EUA estão a subir para níveis recordes e espera-se que continuem a aumentar à medida que se expande a capacidade de exportação do país graças a um número crescente de projectos de exportação de gás natural dos EUA, previstos para entrar em operação ainda este ano.
Estima-se que até o final de 2022 a capacidade nominal dos EUA aumentará para 11,4 biliões de pés cúbicos por dia e a capacidade de pico para 13,9 biliões de pés cúbicos por dia em 7 instalações de exportação de LNG e 44 trens de liquefação, superando assim as respectivas capacidades do Qatar e da Austrália,outros 2 maiores exportadores de LNG do mundo.