A Nigéria corre o risco de interromper o fornecimento de petróleo e gás e a geração de energia, devido à actividade de exploração em declínio e ao esgotamento das reservas de petróleo.
A associação Nigeriana de exploradores de Petróleo (NAPE), alertou sobre os processos ineficientes de adjudicação de contractos e aquisições, desvio de petróleo e refino ilegal são os principais obstáculos para a indústria de petróleo e gás da Nigéria. Os desvios de petróleo e o refino ilegal são ameaças maiores a indústria de petróleo da Nigéria do que a queda dos preços do petróleo.
Os ciclos de aquisição e contratação na Nigéria são em média 36 meses – globalmente o mais longo e ineficiente, o que prejudica o clima de negócios porque os contratados não conseguem planejar adequadamente os custos.
No início deste mês, deu-se o alarme de que o vandalismo de oleodutos na Nigéria está a aumentar, com uma taxa de incidentes de 115% em Julho em relação a Junho.
O vandalismo de oleodutos, bem como sabotagens dos militares na área rica em petróleo do delta do Níger, afectam a produção e as exportações de petróleo há anos. Em meados de 2018, a actividade militar diminuiu, permitindo a Nigéria a aumentar a sua produção de petróleo e também tornar-se o maior produtor de petróleo de África um participante de pleno direito nos cortes de produção da coalizão OPEP+.
Mas desde que se tornou parte do pacto em Janeiro de 2019, a Nigéria tem sido um dos maiores produtores em excesso e membros que não cumprem os acordos da OPEP. A Nigéria prometeu em Setembro reduzir em seu respectivo limite, enquanto que o cartel e os seus aliados estão a tentar equilibrar o mercado de petróleo.
A Nigéria pode finalmente alinhar-se com a sua participação nos cortes de produção da OPEP+ depois que a OPEP aumentou recentemente a sua quota de produção de petróleo. (Oilprice).