A Nigéria, o maior produtor de petróleo de África e membro da OPEP, perdeu cerca de $487,5 milhões em receitas petrolíferas, por conta dos constantes actos de sabotagem e vandalismo das infraestruturas petrolíferas, bem como questões de força maior, que levaram a um declínio de 6,596 MMBBLS da produção de petróleo daquele país referente ao mês de dezembro de 2021.
A recente queda na produção de petróleo da Nigéria evidencia que o país não conseguiu tirar proveito suficiente dos altos preços do barril de petróleo praticados no mês de dezembro, que registaram uma média de $75/bbl. O sector dos petróleos representa cerca de 10% do PIB da Nigéria, e as receitas das exportações de petróleo representam aproximadamente 86% das receitas totais das exportações deste membro da OPEP.
No entanto, a Nigéria tem enfrentado grandes dificuldades nos últimos meses para aumentar a sua produção como parte do aumento mensal das quotas da OPEP+, e devido à baixa capacidade de produção de muitos membros, a oferta adicional do grupo tem estado em torno de 300 KBPD, abaixo do limite estabelecido pela própria organização.A produção de petróleo da Nigéria caiu 43 KBPD em dezembro e fixou-se em 1,338 MBPD, sendo que o acordo da OPEP+, dava uma margem de produção para Nigéria de cerca de 1,666 MBPD. Percebe-se que a Nigéria não está apenas a perder receitas do petróleo, mas também tem sido apontada como o principal contribuinte para a redução da oferta no mercado global de petróleo, tornando-o mais apertado do que o esperado, isto devido à incapacidade de aumentar a produção.
No mês de dezembro, a coalizão OPEP+ produziu adicionalmente cerca de 250 KBPD, bem abaixo do valor estipulado, e ficaram 790 KBPD abaixo da meta do grupo devido à subprodução na Nigéria, Angola e Malásia. Pela primeira vez desde que os cortes foram introduzidos em maio de 2020, a Rússia também produziu abaixo de sua quota.
