As perspectivas de aumento da produção de petróleo da Nigéria estão sob grande pressão, já que as questões técnicas e operacionais, juntamente com as crescentes preocupações de segurança, provavelmente persistirão no curto prazo. Muitos dos principais campos de petróleo, terminais e instalações do país têm experimentado simultaneamente problemas iniciais e um recente ressurgimento de ataques às instalações de petróleo da Nigéria agravou ainda mais a situação.
A Nigéria tem capacidade para produzir cerca de 2,2 mbpd, mas nos últimos meses, sua produção cifrou-se abaixo de 1,55 mbpd. De acordo com seus dados oficiais, o membro da OPEP produziu apenas 1,23 mbpd de petróleo e 300.000 bpd de condensados no mês de Outubro, justificado pelos contratempos operacionais com os principais oleodutos que sofrem de uma contínua onda de sabotagem.
Os casos crescentes de sabotagem de oleodutos e poços de petróleo por parte dos habitantes locais representam uma séria ameaça à restauração dos volumes de produção da Nigéria, colocando o país numa situação de risco de perder o seu estatuto de maior produtor da África, caso estes problemas não sejam resolvidos com urgência.
A Líbia é agora o 2º maior produtor de petróleo de África, uma vez que Angola sofre de um declínio acentuado da sua produção desde 2017. A Libia produz actualmente cerca de 1,17 mbpd e pretende alcançar a meta de 1,6 mbpd nos próximos 2 anos.
Os carregamentos de Bonny Light, petróleo de referência para as exportações da Nigéria, encontram-se em situação de força maior desde o final de outubro devido ao fecho de oleodutos por conta dos ataques.
Portanto, é pouco provável que a produção de petróleo da Nigéria atinja a média alcançada entre os meses de Janeiro-Abril de 2020 de cerca de 1,9 mbpd, uma vez que os problemas contínuos nos campos e oleodutos manterão sua produção muito abaixo da quota da OPEP.
Gostaria de receber informações relacionadas ao mercado petrolífero, para me manter informada do que acontece no país.