A Nigéria, o maior produtor de petróleo de África e membro da OPEP, está à beira de sofrer uma escassez de gasolina depois que a Companhia Nacional de Petróleo da Nigéria – NNPC interrompeu a distribuição de mais de 100 milhões de litros de gasolina que se encontram fora das especificações.
No final do mês passado, o carregamento de gasolina enviado para Nigéria foi rotulado como fora das especificações por conter alto teor de metanol. O comerciante de combustível nigeriano MRS Oil informou a 9 de fevereiro, que as 5.000 toneladas de gasolina contaminada que recebeu foram provenientes da Litasco, parceira comercial da empresa russa Lukoil.
A NNPC Ltd. está a envidar esforços para aumentar a oferta das suas importações de gasolina, bem como incentivando algumas casas comerciais a garantir suprimentos imediatos com urgência. De referir que a Nigéria importa cerca de 1 milhão a 1,25 milhão de toneladas/mês de gasolina para atender toda a sua demanda interna, estimada em 53 milhões de litros/dia. A Autoridade Reguladora de Petróleo do Midstream e Downstream da Nigéria se pronunciou a respeito e confirmou que quantidades limitadas de gasolina com 20% de teor de metanol acima da especificação da foram descobertas na cadeia de suprimentos do país. A NMDPRA afirmou que o fornecedor do produto fora das especificações já foi identificado e que outras ações comerciais seriam tomadas para reverter a situação.
A Nigéria luta há anos para lidar com a crise de poluição automóvel devido à má qualidade dos combustíveis que têm importado. Apesar de ser o maior produtor de petróleo de África, o país importa quase toda a gasolina que consome, isso devido ao fraco desempenho das 4 refinarias estatais existentes naquele país.