A indústria de petróleo angolana teve momento de ascensão na semana passada, com a Eni SpA e a Total SA a mostrar um grande compromisso nas operações petrolíferas em Angola.
A Eni arrancou com a produção no campo de águas profundas Agogo-1 e conquistou os direitos de exploração do Bloco 28 na Bacia do Namibe, enquanto que a Total, activa em Angola há mais de 60 anos, recebeu o bloco 29.
Novas descobertas são vitais para Angola reviver a sua produção de petróleo e gás que se encontra em declínio.
Adicionar recursos significativos por meio de novas descobertas parece ser a única saída, sem novas descobertas os volumes poderiam cair abaixo de 1 mbpd até 2025.
A produção de petróleo em Angola caiu 1/3 na última década para menos de 1,4 mbpd refletindo anos de subdesenvolvimento em novos projectos.
Angola como dependente das exportações de petróleo para a maior parte da sua receita, o governo introduziu reformas como isenção de impostos e um regulador independente como parte dos esforços para atrair investimentos e reverter o declínio.
O número de plataformas nas águas angolanas aumentou nos últimos meses, com a Total posicionando-se como a principal operadora estrangeira no país.
A Eni e os seus parceiros começaram a produzir 10.000 bpd no Agogo-1 com probabilidades de dobrar esse volume nos próximos meses. A produção de projectos angolanos iniciados nos últimos 5 anos irá atingir o pico em 2022, com uma produção média de 549.000 bpd.