Os membros da OPEP+ recomendaram cortes adicionais a produção de petróleo na ordem dos 600.000 bpd em resposta ao surto do Coronavírus que afectou os preços, ainda assim a Rússia não aceitou a recomendação de um corte adicional, mas em contrapartida pediu mais tempo para consultas.
A Rússia tem consistentemente orçado preços mais baixos do petróleo do que os actuais desde o colapso de 2014, e como resultado é muito mais resistente às quedas dos preços do que a Arábia saudita.
A reunião em Viena foi convocada como resposta de emergência depois dos preços do petróleo caíram face ao impacto do coronavírus na China. Logo após a notícia da disseminação do vírus, os analistas alertaram sobre um impacto negativo na demanda de petróleo da China e, consequentemente nos preços. Os preços antecederam a queda na demanda, no entanto caíram antes dos primeiros dados sobre as vendas de combustível.
A Arábia Saudita está a pressionar o cartel em cortes adicionais de 500.000 bpd, a Rússia é contra e, desta vez, pode ter uma razão adicional para a sua oposição, cortes adicionais podem simplesmente não funcionar.
A produção da Líbia passou recentemente de cerca de 1,3 mbpd para cerca de 300.000 bpd devido a um bloqueio contínuo dos seus terminais de exportação que também levou ao encerramento de vários campos. O que significa um declínio de produção de até 1 mbpd, no entanto os preços parecem indiferentes a essa queda na produção Global.
Pode-se argumentar que os traders são muito mais receptivos às acções da OPEP+, mas essa resposta não durará muito, uma vez que pode se observar que o acordo de Dezembro último para estender os cortes existentes falhou.(Oilprice).