O preço do barril de petróleo continua a subir em meio a especulações que dão conta de que a OPEP e seus aliados possivelmente não irão adicionar excedentes de petróleo ao mercado como planeado anteriormente, caso os EUA libertarem as reservas de petróleo em coordenação com outras nações.
A coalizão OPEP+ declarou em irá ajustar os planos para aumentar oferta de petróleo da caso haja uma liberação coordenada por parte dos países consumidores de petróleo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, está a preparar-se para anunciar uma liberação de petróleo da Reserva Estratégica de Petróleo do país, em conjunto com vários outros países, agendada para o final de Novembro do corrente ano. A mudança, provavelmente em conjunto com Índia, Japão e Coréia do Sul, seria um esforço sem precedentes por parte dos grandes consumidores de petróleo para travar a alta dos preços de energia.
As linhas de batalha estão a ser desenhadas, certamente, a OPEP e os sauditas podem ganhar isto na medida em que estão a segurar todas as cartas. Podem manter mais petróleo fora do mercado do que uma versão das reservas estratégicas de petróleo dos E.U.A pode colocar no mercado.
O petróleo caiu em nível máximo no final de outubro, à medida que aumentavam as especulações de que os EUA e outros países iriam libertar as suas reservas estratégicas. Entretanto, o regresso das restrições devido à pandemia do coronavírus na Europa sugere que ainda pode haver uma ameaça à procura global de energia.
Entretanto, alguns países da OPEP+ estão descontentes com a utilização de reservas estatais, concebidas para serem utilizadas em caso de emergência, para arrefecer a manifestação deste ano. A OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, reúne-se na próxima semana para discutir os planos para aumentar a produção em mais 400.000 bpd em Dezembro.
A Índia ainda não decidiu sobre o momento e o volume da libertação das suas reservas estratégicas. Uma medida que será coordenada com outros grandes consumidores. Em contrapartida, a Lei de Armazenamento de Petróleo do Japão não permite a venda de reservas devido aos preços elevados, mas tanto o governo como o setor privado detêm atualmente mais reservas do que o mínimo exigido por lei.