A OPEP falhou novamente em cumprir com as suas próprias metas de produção para janeiro, uma vez que o grupo aumentou a produção em apenas 210 KBPD, ao invés dos 400 KBPD combinados, criando assim um déficit de 190 KBPD no mercado.
Os cortes reais de produção da OPEP em janeiro totalizaram 2,803 MBPD abaixo dos níveis básicos de quando o grupo concordou com os cortes, e completamente diferente do corte estabelecido para janeiro de 2,129 MBPD, o que representa um corte extra de 674 KBPD, deixando o mercado mais apertado em virtude da incapacidade da organização em aumentar a produção nos níveis que se espera.
Em termos de produção real, a OPEP produziu cerca de 27,8 MBPD em dezembro, sendo que este volume subiu para 28,01 MBPD em janeiro, justificado pelos aumentos notáveis que vieram da Arábia Saudita, que contribuiu com 100 KBPD, Nigéria, com 50 KBPD, Emirados Árabes Unidos e Kuwait, com 40 KBPD cada. Esses ganhos de produção ajudaram a compensar parcialmente a queda na produção do Iraque, em 30 KBPD e da Líbia, em 40 KBPD.
No entanto, apenas 2 membros da OPEP conseguiram produzir acima de suas metas estipuladas para janeiro, nomeadamente Argélia e Gabão, já os demais membros do grupo, como Angola, Congo, Guiné Equatorial e Nigéria não conseguiram atingir as suas quotas de produção.
De todos os membros da OPEP, a Arábia Saudita é o único produtor que tem capacidade de produzir mais e o maior número de barris para adicionar de volta ao mercado como parte do futuro aumento da produção. Destacar que a Arábia Saudita ainda tem 878 KBPD de capacidade adicional.
