O secretário da OPEP General Mohammad Barkindo reiterou que o Presidente dos Estados Unidos de América Donald Trump é bem-vindo nas conversações para o balanceamento do mercado petrolífero.
Questionado a comentar as últimas críticas de Trump sobre a política de cortes de produção da OPEP, Barkindo, reconhece a capacidade dos EUA de maior produtor de crude do mundo, assim como a sua participação estratégica na oferta e demanda global. Na última semana os preços baixaram ligeiramente depois de Trump criticar a OPEP através de um Twitter “Os preços do petróleo estão a subir demais. OPEP, por favor, relaxe e vá com calma. Não se pode fazer o mundo com uma subida de preços – frágil”.
A OPEP e seus aliados, firmaram um novo acordo de corte de produção de 6 meses, até Junho, com opção de revisão em Abril. Depois da queda no 4º trimestre de 2018, os preços do petróleo recuperaram 20% em 2019, impulsionados pelos cortes de produção, mas também pelas sanções dos EUA ao Irão e Venezuela e, mais recentemente, pela esperança de que os EUA e China possam chegar a um acordo comercial. Enquanto a OPEP e seus aliados liderados pela Rússia lutam para balancear a oferta e a demanda nos últimos 2 anos, ajustando a produção para evitar um excesso semelhante ao que derrubou os preços do crude em 2014, os produtores de petróleo de xisto dos EUA têm se beneficiado das ações coordenadas pela OPEP e pelo aumento dos preços do crude nos últimos 2 anos. Os produtores têm bombeado quantidades recordes de petróleo bruto nos Estados Unidos, qua já é o maior produtor de petróleo do mundo à frente da Rússia e da Arábia Saudita. (Oilprice)
