Os preços do petróleo caíram acentuadamente, com o retorno dos temores sobre consequências económicas da guerra comercial EUA-China.
No início da semana entrou em vigor uma tarifa de 15% sobre mercadorias chinesas, no valor aproximado de $112 biliões, subindo as tarifas de retaliação de Pequim sobre as mercadorias americanas. O presidente Donald Trump, havia decidido adiar a aplicação de tarifas sobre uma parcela muito maior de $300 biliões em produtos chineses, e as taxas restantes deverão entrar em vigor em Dezembro. Estas tarifas poderiam impor o equivalente a um imposto de $1000 aos consumidores americanos, ao longo de um ano.
Os mercados financeiros mostraram preocupações à medida que a época de verão termina. Os índices de acções caíram acentuadamente, bem como o preço do petróleo bruto. Embora as tarifas mais altas sejam prejudiciais, os mercados ficaram mais sombrios, pois as negociações comerciais parecem estar em um estado preocupante, ao anteriormente pensado.
A retórica suave na semana passada entre Trump e Pequim, amenizou os ânimos, embora o conflito EUA-China seja um mistério, pois os mercados financeiros se alteram ao valor nominal, o que demonstra evidências de algo em particular. Contudo, ambos os países, estão muito interessados pela luta comercial, o que torna as negociações EUA-China mais difíceis. Embora tenham fortes razões para recuar, apesar do preço económico, as negociações vacilam antes mesmo de começar. O presidente Donald Trump, na sua última entrevista, afirmou que o EUA vencerá a luta. A reunião de Setembro com China, não foi cancelada, embora ambas as sociedades não conseguem concordar um cronograma para as negociações.
Os financeiros foram incentivados na semana passada com base na noção de possíveis acordos entre EUA-China, embora o último obstáculo demonstrado foi o lembrete sombrio de que a guerra comercial está longe de uma possível conclusão. O desafio no cronograma de programação aumentou os problemas do mercado, com a China apresentando uma queixa a organização mundial do comércio, sobre as tarifas Norte-Americanas.
Por outro lado, a Rússia busca conformidade total com os cortes da OPEP+, para o mês de Setembro, uma vez que os dados económicos recentes apresentam motivos de preocupação. o índice de gerentes de compras do Institute for Supply Management caiu para 49,1 em Agosto, o que representa dados negativos, pois uma leitura abaixo de 50,0 indica uma contração.
A actividade de industrial nos EUA, caiu pela primeira vez desde 2016, enquanto uma medição de novos pedidos está em nível baixo de 7 anos. Vários analistas cortam suas previsões de crescimentos para a China, enquanto a guerra comercial entre EUA-China continua a causar danos. Analistas reduziram suas previsões do PIB da China, para menos de 6%.
Com a volatização dos traders, o Dólar subiu para o nível mais forte, em mais ou menos 2 anos em relação ao Yuan, que enfraqueceu para cerca de 7,2% face ao Dólar, o nível mais fraco desde a crise financeira global, há mais de uma década.
Um Dólar mais forte e um Yuan mais fraco apresentam riscos adicionais ao crescimento global. Economias emergentes, estão sob enorme pressão pelo enfraquecimento de suas moedas. O petróleo se torna significativamente mais caro a moeda corrida pelo fundo, o que contraria o preço do petróleo. A produção total da OPEP aumentou em Agosto para 200.000 bpd, com ganhos significativos para Arábia Saudita, Nigéria e Iraque.
A Rússia também aumentou sua produção com 100.000 bpd, o que eleva a produção acima do limite acordado no acordo da OPEP+. Para proteger o preço do petróleo de uma queda considerável, é necessário uma disciplina na produção da OPEP+, tendo em conta os temores sobre a demanda. (Oilprice).