Os contractos futuros de petróleo foram negociados em baixa no meio da manhã desta sexta-feira, em consequência do aumento dos casos de COVID-19 nos EUA, obscurecendo as perspectivas gerais de recuperação da demanda de petróleo nos mercados internacionais.
O ICE Brent para entrega em Agosto caiu $0,58/bbl (1,50%), e foi comercializado a $37,97/bbl, enquanto o contracto leve do NYMEX WTI para entrega em Julho caiu $0,72/bbl (1,98%) e foi comercializado a $35,62/bbl.
Surpreendentemente registrou-se um aumento nos stocks dos EUA na semana passada, bem como preocupações crescentes com uma segunda onda de casos de coronavírus nos EUA, tornando-se nos principais catalisadores da queda do preço do barril de petróleo.
Os mercados do petróleo ficaram indefesos diante do aumento pós-bloqueio das infecções por COVID-19 na maior economia consumidora de petróleo do mundo, o enorme mercado americano.Cerca de 6 estados dos EUA viram um aumento em novos casos de COVID-19, incluindo Texas e Arizona. O número total de casos nos EUA ultrapassou os 2 milhões em 11 de junho. Estima-se que uma segunda vaga generalizada for confirmada, sem dúvida, ameaçará a economia e o mercado global de petróleo.
Houve um relaxamento por parte do mercado devido o declínio da volatilidade. Apesar da crescente demanda por derivados de petróleo nos EUA, as projeções do PIB levantaram preocupações com a futura demanda por petróleo.
O Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA, previu que o PIB dos EUA poderia contrair 6,5% em 2020, enquanto a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico espera uma queda do PIB global para 2020 na ordem dos 6-7,6%, caso se efective uma segunda vaga de coronavírus.
As perspectivas de demanda enfraquecidas podem levar o mercado de petróleo a uma situação de excesso de oferta, prejudicando as expectativas de que o mercado alcance equilíbrio nas próximas semanas.
Os stocks comerciais de petróleo dos EUA subiram 5,72 MMBBLS, totalizando 538,07 MMBBLS em reservas estratégicas, um aumento de 13,5%.acima da média de 5 anos, maior registro desde 1982. (Platts).