Uma combinação entre a fraca demanda e o excesso de crude no mercado que coloca em causa o armazenamento global de petróleo bruto, resultou numa queda brusca dos preços do petróleo, a níveis nunca vistos em mais de duas décadas.
O petróleo de referência dos EUA, West Texas Intermediate, caiu para a faixa dos $15/bbl, à medida que a economia global permanece paralisada devido à pandemia de COVID-19, resultando numa queda esmagadora da demanda por petróleo. Adicionalmente, o armazenamento global de petróleo está a atingir seus limites. A situação é tão preocupante, de facto, que levou o Departamento de Energia a considerar pagamentos aos produtores domésticos de petróleo para manter o petróleo na formação.
Nem mesmo a OPEP foi capaz de fornecer algum alívio para a indústria em dificuldades. Embora o cartel e seus parceiros globais tenham conseguido chegar a um acordo de corte de 9,7 mbpd, o mercado claramente demonstra que não é suficiente.
O colapso dos preços do petróleo tem provocado ondas de choque em todo o sector, com as principais empresas de petróleo a cortarem os custos e investimentos de forma generalizada.
Os tempos difíceis chegaram a forçar o Texas Railroad Commission a considerar o impensável, exigindo cortes de produção em todo estado. Embora os três comissários não tenham conseguido tomar uma decisão na última terça-feira, o grupo deve se reunir novamente a 21 de Abril.
Os contractos futuros do ICE Brent para entrega em Junho caíram $0,26 (0,93%), e foram comercializados a $27,82/bbl, enquanto o NYMEX WTI para entrega em Maio sofreu um declínio de $2,66/b (14,56%) e vendido a $15,61/bbl. (Oilprice).
