O preço do barril de petróleo sofreu uma queda nos mercados internacionais devido a um forte aumento dos stocks dos EUA e questionamentos sobre o crescimento económico da China.
Os preços futuros em Nova York caíram até 1,3%, após alta de 0,7% na terça-feira. O American Petroleum Institute (API) reportou um aumento de 6,81 MMbbls na semana passada. O indicador produtivo da China, que é o maior importador de petróleo, caiu em Abril, destacando assim a guerra comercial entre Pequim e Washington.
O WTI para entrega em Junho caiu $0,46 para $63,45/bbl na New York Mercantile Exchange (NYMEX). Os preços fecharam em alta de $0,41, para $63,91/bbl. Os preços do mês de Abril foram os mais calmos desde Agosto último.
O Brent para entrega em Julho foi negociado $0,25 mais baixo (0,4%), para $71,81/bbl na bolsa ICE Futures Europe, com sede em Londres. O contracto de Junho expirou na terça-feira, após subir 1,1%, para $72,80/bbl. O diferencial Brent/WTI foi de $ 8,29.
Espera-se que a EIA reporte um aumento de 1,75 MMbbl na semana passada. Os stocks subiram 5,5 MMbbl na semana anterior e estão no nível mais alto desde Outubro de 2017. A produção de petróleo americana, por sua vez, está em níveis recordes.
A fraca actividade produtiva da China sinaliza a fragilidade da estabilização económica observada no 1º trimestre. Os EUA estão preparados para abandonar as negociações comerciais à medida que os negociadores chegam a Pequim. A produção industrial também caiu em outros grandes compradores de petróleo, como a Coreia do Sul e Japão, e o crescimento do PIB desacelerou em Taiwan.
O mercado de petróleo permanecerá apertado em 2019 e com muitas interrupções no fornecimento. A restauração dos fluxos normais de petróleo através do maior gasoduto de exportação da Rússia pode levar vários meses após a contaminação. As refinarias de petróleo dos EUA estão a usar mais petróleo leve para preencher a lacuna do crude que era obtido através OPEP. (Oilandgaspeople).