O barril de petróleo está a ser negociado acima dos $70 fruto dos confrontos registrados na Líbia, que representam uma ameaça para a oferta do ouro negro nos mercados internacionais. O crude ampliou os ganhos depois de encerrar a melhor semana de ganhos consecutivos em quase 2 meses. O escalonamento dos combates na Líbia ofuscaram o maior aumento das plataformas americanas desde Maio.
Os preços futuros subiram 0,7% em Nova Iorque, depois de subirem 4,9% na semana passada. O governo internacionalmente reconhecido da Líbia prometeu contra-atacar as forças leais ao homem forte Khalifa Haftar, que tentam entrar na capital Trípoli. Os preços do crude também responderam positivamente aos pronunciamentos do Ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, revelando que os mercados de petróleo estão “indo na direcção certa” e não há necessidade de se aprofundar as restrições à produção.
O petróleo manteve a recuperação após seu melhor trimestre em quase uma década, com sinais de que a OPEP e seus aliados estenderão os cortes de produção para além de Junho. A escalada do conflito na Líbia, que bombeou 1,1 mbpd em Março, aumenta os riscos de oferta do Irão e da Venezuela. Do lado da demanda, verifica-se melhores contratações do que o esperado, sendo a mais recente evidência de que a economia global pode não estar tão mal quanto se temia anteriormente.
O WTI para entrega em Maio subiu $0,27 (0,4%), para $63,35/barril. O Brent para a entrega em Junho subiu 0,3%, o contracto somou 1,4% para $70,34/barril, um ganho semanal de 2,9%.
A estrutura actual do mercado de futuros reflecte uma incerteza na oferta. Os preços do 1º trimestre do WTI subiram para um prémio, ou backwardation, de até $0,4/barril nos contractos de 4 meses, e depois voltaram para um desconto, ou contango. (Bloomberg).
