Os preços do petróleo continuam frágeis devido às incertezas entre a oferta e demanda oriundas do clima político no Médio Oriente e da disputa comercial entre EUA e a China.
Para responder a essas incertezas, a OPEP e outros produtores não-OPEP, incluindo outros países como a Rússia, têm lutado para alcançar um equilíbrio estável nos preços. A volatilidade dos preços aproxima-se aos 50%, tornando-se difícil garantir um ambiente favorável para o investimento e evitar défices orçamentais.
O acordo OPEP+ para cortar a produção até 1,2 mbpd, está próximo da data de validade, factor que causa mais indecisão quanto a uma possível extensão dos cortes, uma vez que aumentam as tensões no Médio Oriente. A disputa comercial EUA-China tem impactado o mercado actual, embora a transição energética é algo a ser observado, pois os governos europeus estão a mudar o cenário energético muito rapidamente através da precificação de carbono e regulamentação de veículos elétricos.
Os indicadores macroeconômicos de desaceleração são um sinal de alerta para o mercado, mas as autoridades monetárias têm feito o melhor para estimular a economia, sendo que as maiores preocupações estão ligadas aos incidentes geopolíticos do que com os factores econômicos que impulsionam o crescimento. (Platts).