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Preços do Petróleo Recuperam 10% com o Reposicionamento da Arábia Saudita

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Depois de uma ligeira queda no fecho de ontem, os preços futuros do Brent voltaram a disparar na manhã desta quinta-feira, após  Arábia Saudita intervir e acelerar a recuperação do mercado energético, aumentando os preços do crude para seus clientes em todo o mundo. A Saudi Aramco aumentou os preços da maioria das suas ramas para entrega em Junho.

A Aramco elevou o preço oficial de venda do principal petróleo bruto Arab Light para os compradores na Ásia, um aumento de $1,40/bbl, um desconto de $5,90 abaixo do preço de referência do mercado do Médio Oriente . No entanto, Esperava-se que a companhia reduzisse o preço oficial em cerca de $2,50/bbl, somando um desconto de $9,80/bbl. Ao aumentar os preços para o mercado asiático, é um indicativo que a Aramco prevê uma recuperação da demanda no seu maior mercado regional. Esta valorização nos preços acontece num cenário em que a empresa efectuava reduções consecutivas nos últimos 3 meses na maior região consumidora de petróleo do mundo.

A Arábia Saudita que no início de Março lançou uma guerra de preços sem precedentes, está actualmente virada em apoiar a recuperação do preço do petróleo. O reino reduziu os descontos principalmente para a Europa e Mediterrâneo,  principal mercado do petróleo russo, tornando-se assim num sinal para o Kremlin após o acordo entre Riad e Moscovo, de trabalharem juntos novamente através da aliança OPEP + e pôr fim à guerra de preços.

O aumento dos preços ocorre num  momento em que o maior exportador de petróleo do mundo também está  a cortar a produção como parte do pacto global de redução da oferta de petróleo nos mercados internacionais. O Brent valorizou 7%, um aumento de $2/bbl, e foi negociado a $31,60/bbl.

A Arábia Saudita começou a reduzir a produção no final do mês passado, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros, incluindo a Rússia, concordaram em reduzir a produção em 9,7 mbpd a partir de 1 de Maio. O aumento dos preços para os EUA tornará os barris sauditas menos atractivos para um mercado em que a principal referência de petróleo bruto foi negativa no mês passado. Vender menos nos EUA também pode ajudar a apaziguar o presidente Donald Trump, que ajudou a orquestrar o histórico acordo de corte de produção e que ameaçou tarifas contra as importações de petróleo saudita. Trump está interessado em proteger os empregos dos EUA na indústria do petróleo num ano eleitoral. Obviamente, isso também significa que os produtores de petróleo xisto dos EUA sentirão uma mudança na maré e buscarão agressivamente a produção máxima que, ironicamente, poderá levar a outro excesso de oferta caso não haja uma recuperação absoluta da demanda. (Oilprice).

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