O preço do petróleo subiu após sinais de redução dos stocks nos EUA, mas a incerteza em relação a demanda face ao impacto do coronavírus ainda impede os preços futuros de serem comercializados acima dos $45/bbl.
Os stocks domésticos de crude dos EUA caíram em cerca de 7,2 mmbbls na semana passada, maior redução desde Dezembro último. Em Cushing/Oklahoma, maior centro de armazenamento do país, os suprimentos caíram pela 8ª semana consecutiva. No entanto a demanda implícita de combustível diminuiu, o que levou a um aumento nas preocupações de que a aceleração dos casos da covid-19 poderá limitar a recuperação do mercado.
Os preços do petróleo subiram de níveis negativos em Abril para pouco acima dos $40/bbl em Junho, mas os índices de preços do petróleo dos EUA ainda dificultam a estabilidade da actividade exploratória.
Estados como o Texas e a Califórnia estão a desacelerar os planos de reabertura com o aumento dos casos de coronavírus a ameaçar ainda mais o consumo de combustível.
No auge, o vírus reduziu cerca de 30% da demanda total de petróleo, o crescimento da demanda por derivados de petróleo refinado atingiu o pico e provavelmente nunca mais irá retornar aos níveis atingidos antes do surto.
Com a 2ª onda a atingir Texas e Flórida, a demanda por gasolina nesses 2 estados sofreu um declínio de 10%/ semana. Pelo lado positivo, os produtores da OPEP estão a manter os acordos para reduzir a produção, o cartel reduziu a produção de petróleo para o nível mais baixo desde a guerra do Golfo em 1991, com a Arábia Saudita a cumprir fielmente as restrições prometidas em Junho.