Os futuros do petróleo bruto subiram durante as negociações do meio da manhã desta terça-feira, 30 de Março, já que o otimismo sobre a coalizão OPEP+ na persistência dos cortes na oferta e expectativas de aumento da demanda de produtos downstream apoiaram o mercado, embora com o dólar americano mais forte tenha limitado o lado positivo.
O contrato ICE Brent para entrega em Maio subiu $0,16/bbl (0,25%) e foi comercializado a $65,14/bbl, enquanto o contrato de petróleo leve doce NYMEX WTI também para entrega em Maio subiu $0,19/bbl (0,31%) mais alto em $61,75/bbl.
Antes da reunião da OPEP+ a ser realizada a 01 de Abril, o mercado transborda num otimismo de que o grupo de produtores rolaria suas quotas de produção referentes ao mês de Abril para Maio e manteria a oferta no mercado apertada. Esse é o cenário provável, uma vez que as preocupações do lado da demanda continuam a piorar devido ao ressurgimento de novas infecções por coronavírus na Europa e na Índia.
A abordagem cautelosa da OPEP+ para a recuperação da demanda levou a estender as restrições à produção até Abril. Desde então, as perspectivas não se tornaram mais claras, uma vez que era improvável que a coalizão aumentasse a produção dado que o sentimento do mercado que quase não melhorou.
Apesar de um acordo quase unânime da OPEP+, no entanto, qualquer aumento na produção poderá ser adiado face ao status dos cortes e à especulação prematura do mercado. Enquanto isso, as indicações de aumento da demanda por combustível de aviação e gasolina nos Estados Unidos também deram suporte aos preços do petróleo.
No entanto, os preços do petróleo enfrentam alguns ventos contrários devido à valorização do dólar dos EUA, o que torna os ativos denominados em dólares, como o petróleo, mais caros para os compradores que possuem outras moedas e, portanto, reduz sua demanda. O contrato de Junho para o ICE US Dollar Index foi negociado a 92,92, uma alta de 0,156% em relação ao fecho anterior.
Os estoques comerciais de petróleo dos EUA subiram aproximadamente 200.000 bbls para cerca de 502,9 mmbbls na semana encerrada em 26 de Março, com o fortalecimento da demanda das refinarias e um aumento nas exportações, o que provavelmente segurou o aumento sazonal. (Platts)
