Apesar da aparente fragilidade da sua economia, a China voltou a importar níveis recordes de petróleo russo, buscando aumentar o seu stock estratégico de crude.
Durante o 1º trimestre de 2023, as importações chinesas de petróleo russo atingiram uma média diária de 2,13 MBPD. Essa marca significativa não só fez com que a Rússia superasse a Arábia Saudita como o maior fornecedor individual de petróleo para a China, mas também fortaleceu a posição russa no mercado chinês.
Nesse mesmo período, as importações médias do maior exportador mundial de petróleo bruto, a Arábia Saudita, ficaram em 1,88 MBPD.
No mês de Junho, a China bateu novamente o recorde de importação de petróleo bruto russo, alcançando uma média diária de 2,56 MBPD, representando um notável aumento de 44% em relação ao período homólogo. Esse desempenho superou o recorde anterior, de 2,29 MBPD, registado em Maio, quando as refinarias chinesas compraram petróleo russo a desconto. A redução do nível dos descontos em Junho do petróleo russo não impediu a China de aumentar suas importações e estabelecer um novo recorde.
Embora as importações chinesas de petróleo da Arábia Saudita também tenham aumentado em Junho, em comparação com o mês Maio e Junho de 2022, totalizando 1,93 milhão de barris por dia em junho de 2023, essas importações ainda ficaram atrás dos volumes recordes de petróleo bruto da Rússia.
Além disso, as importações totais de petróleo da China continuam em ascensão, registando um aumento de 45,3% em Junho, em comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando o 2º maior valor mensal já registado.
Esse crescimento ocorre à medida que as refinarias continuam a acumular stocks, apesar da baixa demanda doméstica. As importações totais de petróleo bruto da China totalizaram 12,67 MBPD em Junho, representando uma subida em relação ao ano anterior, quando o país ainda estava sob as causadas pela pandemia da Covid-19.