A petrolífera francesa Total restituiu ao estado seu interesse no lucrativo Bloco III na parte oriental da República Democrática do Congo.
O Congo espera efectuar uma rodada de licitações de blocos petrolíferos onshore e offshore ainda neste ano.
A Total não se predispôs em negociar a extensão de suas licenças, conforme já havia sido acordado. As discussões para a extensão do contracto estavam previstas para começar em Janeiro último, mas a empresa optou por escrever ao governo, solicitando a cessação da licença de exploração.
A cessação do contracto poderá ter derivado pelo facto da Total estar a se concentrar no desenvolvimento de seu principal projecto de petróleo no outro lado da fronteira em Uganda. A Total opera uma participação em um projecto de exploração de petróleo juntamente com a CNOOC da China e a Tullow Oil, sediada no Reino Unido, onde já foram encontrados mais de 6,5 biliões de barris de petróleo bruto.
A Total dividiu o bloco com 2 empresas sul-africanas, a Divine Inspiration Group e a Efora Energy. As estimativas da Efora apontam que esta licença pode conter até 1,2 biliões de barris de petróleo recuperáveis.
A República Democrática do Congo almeja lançar uma rodada de licitações no final de 2019 e espera que a Total participe das licitações para blocos que incluirão blocos na bacia costeira ao longo do Oceano Atlântico, no interior da Cuvette Centrale e ao redor do Lago Tanganica no sudeste.
O Congo produz actualmente cerca de 25.000 bpd a partir dos seus blocos de petróleo na costa do Oceano Atlântico. O governo planeia aumentar a produção, emitindo novas licenças onshore no centro e leste do país após ter aprovado uma nova lei do petróleo em 2015.
Estima-se que a RDC tenha mais de 5 bilhões de barris em reservas de petróleo bruto, mas os conflitos na maior parte do país e a falta de um claro código de petróleo têm dificultado o progresso no aumento da produção de petróleo. (Platts).
