O Parlamento Europeu e a Presidência do Conselho da UE chegaram a um acordo político provisório para reduzir o consumo final de energia a nível da UE em 11,7 % até 2030, em comparação com as previsões de consumo de energia para 2030 feitas em 2020.
De acordo com o Conselho da UE, os Estados-membros do bloco se beneficiarão da flexibilidade para atingir a meta de reduzir o consumo final de energia em pelo menos 11,7 % até 2030. Isto significa que o consumo final de energia da UE terá um limite máximo de 763 milhões de toneladas equivalentes de petróleo e um consumo primário de 993 milhões de toneladas equivalentes de petróleo.
O limite de consumo será vinculativo para os Estados-membros, enquanto a meta de consumo de energia primária será indicativa. No entanto, todos os Estados-Membros da UE deverão envidar esforços para reduzir o consumo de energia através de metas nacionais indicativas, que serão actualizadas e reveladas a partir deste ano.
O acordo alcançado em 10 de Março, carece de aprovação por parte das comissões do Parlamento Europeu e do Conselho para ser formalmente adotado e entrar em vigor.
Como parte de sua ambição de se tornar um bloco net zero até 2050, a UE pretende reduzir seu consumo de energia e acelerar a implantação de energia renovável, a fim de reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Limitar a dependência das importações de combustíveis fósseis tornou-se especialmente importante para a UE depois que a invasão da Rússia à Ucrânia levou a Europa a proibir as importações marítimas de petróleo russo e a trabalhar para abandonar as importações de gás russo.
Por outro lado, a UE conseguiu superar a sua meta de reduzir a demanda por gás neste inverno. No mês de Fevereiro, os dados estatísticos do Eurostat mostraram que a demanda da UE no inverno havia caído até 19,3% em comparação com a média dos últimos 5 anos, ultrapassando a meta de 15% anteriormente estabelecida para poder sobreviver ao inverno.
