A empresa estatal petrolífera do Uganda, UNOC, vai assinar nesta terça-feira, 1 de fevereiro, um acordo FID (Final Investment Decision) para um grande projecto de um campo petrolífero e um oleoduto, dando um grande passo para o Uganda se tornar numa nação exportadora de petróleo.
A TotalEnergies SE e a Cnooc Ltd., juntamente com a UNOC, estão a desenvolver projectos que devem atingir uma produção de 230 KBPD. Segundo informou o presidente do Uganda, o início da produção está previsto para até 2025. A assinatura do FID permitirá o início do processo de nomeação dos principais empreiteiros para o desenvolvimento, que terá sede em Kampala.
As primeiras descobertas de petróleo economicamente viáveis foramfeitas em 2006, mas o caminho do país para se tornar um exportador de petróleo enfrentou vários obstáculos, desde a mudança da rota do oleoduto planeado até a composição das empresas petrolíferas envolvidas. Embora esteja prestes a começar, o empreendimento ainda enfrenta a oposição de grupos ambientalistas que pretendem acabar com o uso de combustíveis fósseis, pressionando muitos investidores do sector.
Um outro projecto do Uganda é a construção de uma refinaria com capacidade de 60 KBPD a ser operada pela General Electric Co. com previsão de iniciar as operações no final de 2022.
Vários acordos relacionados aos projectos já foram concluídos em 2021. As IOCs vão desenvolver os campos e um oleoduto aquecido de $4,2 biliões, que vai transportar o petróleo para o porto Tanga na Tanzânia, situado a 1443 Km de distância.
O grupo empreiteiro é formado pela Total, com uma participação de 62%, a UNOC e a Tanzania Petroleum Development Corp. com 15% cada, e a Cnooc com 8%.