As importações da China de petróleo russo atingiram uma alta histórica em Maio, tendo a Rússia exportado cerca de 8,42 MT, o equivalente a 1,99 MBPD, representando um aumento de 55% na média ano/ano, em comparação ao recorde anterior de 1,95 MBPD alcançado em Junho de 2020.
Numa base de barris por dia, o volume representou uma recuperação do fluxo de petróleo face à uma baixa de 9 meses de 1,42 MBPD registados em Fevereiro e um salto de 24% em relação a 1,6 MBPD importados em Abril.
Top Fornecedores de Petróleo da China.
As importações recordes ajudaram a Rússia a substituir a Arábia Saudita como o principal fornecedor de petróleo para o maior consumidor asiático em Maio, visto que a Rússia conquistou uma participação de mercado na ordem dos 18,4% e uma média em carregamentos de petróleo na ordem dos 1,65 MBPD entre Janeiro-Maio, factor pelo qual deve se estender à medida que as refinarias independentes seguiram a mesma direção e retomarem as entregas dos Urais em Junho, depois de terem sido suspensas em Novembro último.
À medida em que as companhias de petróleo se concentram na compra de petróleo russo, o número de fornecedores de petróleo da China caiu para 28 em Maio dos anteriores 30 no período homólogo, além disso, algumas participações de mercado de fornecedores líderes,como a do Brasil, também caíram. As importações do fornecedor sul-americano caíram 19% ano a ano, para 2,21 MT e 9,3% em relação ao mês de Abril, sendo que as refinarias independentes da China suspenderam as importações de petróleo brasileiro em Maio pela primeira vez desde Janeiro de 2016, período em que traders voltaram-se para os barris russos, como resultado, a participação de mercado do Brasil caiu para 4,8% em maio, de 5,7% em abril e de 6,7% em 2020.
Além disso, a tendência de queda resultou em declínio das importações de petróleo da América Latina em torno dos 22% na média ano/ano, representando cerca de 801 KBPD entre Janeiro-Maio e uma redução na participação de mercado de 2% para 7,6% no mesmo período.
Angola posicionou-se como o 6º maior fornecedor de petróleo da China, tendo exportado cerca de 3.15 MT em Maio, um aumento de 33.2% em comparação ao mês de Abril e um declínio de 3,6% em relação ao mesmo período em 2021. De Janeiro a Maio, Angola exportou um total de 14.84 MT, representando um declínio de 8.7% em relação ao período homólogo.