O consumo de petróleo nos Estados Unidos da América caiu para 18,1 MBPD em 2020, o nível mais baixo dos últimos 25 anos.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), de 2019 a 2020, o consumo de petróleo reduziu em todos os sectores consumidores de energia, incluindo a diminuição recorde de 15% no sector dos transportes.
As restrições impostas para contenção da COVID-19 nos EUA em 2020 foram o principal factor para estas reduções no consumo, particularmente para os combustíveis rodoviários, onde a demanda por gasolina, diesel e combustível de aviação caiu drasticamente.
Conforme os dados compilados, a gasolina, produto petrolífero mais usado nos EUA, foi responsável por 44% do consumo de petróleo no país em 2020. O sector dos transportes responde por 96% do consumo de gasolina para motores, enquanto que o sector comercial e industrial correspondem pelo restante. Em 2020, o consumo de gasolina reduziu para 8 MBPD, uma queda de 14% em relação a 2019, sendo o menor nível registado no país desde 1997.
O diesel representou 21% do consumo total de petróleo no país no período em análise. O combustível é consumido em todos os sectores, embora mais de ¾ de todo diesel seja usado nos transportes, principalmente por caminhões comerciais, navios e comboios. O consumo de diesel sofreu um declínio de 8% em 2020 em comparação ao período homólogo..
Os combustíveis de aviação representaram 6% do consumo total de petróleo dos EUA em 2020. O uso de jet fuel diminuiu 62% de 2019 para 2020, o maior declínio em relação a qualquer outro combustível, para os níveis mais baixos registados desde 1983. A gasolina de aviação também diminuiu 18%.
As estimativas da EIA de Julho, mostraram que o consumo de petróleo, gás natural e carvão nos EUA, caiu 9% em 2020, alcançando o nível mais baixo desde 1991 e marcou a maior redução anual no consumo de combustíveis fósseis dos EUA em termos absolutos e percentuais desde aproximadamente 1949. A demanda por produtos petrolíferos, que correspondiam a 44% do consumo no país, reduziu até 13% em 2020 em comparação a 2019.