O maior produtor de petróleo da África e membro da OPEP, Nigéria, ainda não descobriu como e onde reduzir a produção como parte do acordo com a OPEP+, o que levou a um atraso nos planos de exportação de petróleo para os meses de Maio e Junho da NNPC.
O novo acordo de corte de produção da OPEP+ que tenciona retirar cerca 9,7 mbpd do mercado, entrando em vigor a partir do mês de Maio. A Nigéria produzirá 1,412 mbpd de Maio a Junho, 1,495 mbpd de Julho a Dezembro de 2020 e 1,579 mbpd entre Janeiro de 2021 a Abril de 2022.
Isso se soma à produção de condensado de 360.000 – 460.000 bpd, da qual a Nigéria está isenta dos cortes. A Nigéria produziu 1,853 mbpd de petróleo em Março, um aumento de 65.000 bpd em comparação a Fevereiro.
A NNPC opera muitos dos campos petrolíferos na Nigéria em joint ventures com empresas internacionais de petróleo, incluindo a Exxon, Chevron, Shell e Eni. A empresa estatal de petróleo da Nigéria está a negociar os cortes de produção com as empresas petrolíferas. Essa é a razão pela qual o programa de carregamentos de petróleo bruto para Junho.
O principal grade da Nigéria, Bonny Light, foi vendido a um desconto de $5/bbl em relação ao Brent, enquanto teria obtido um prêmio de $3/bbl se as condições do mercado estivessem normais.
Existem carregamentos de petróleo nigeriano dos meses de Abril e Maio que ainda não foram vendidos. A Nigéria precisa reduzir o nível de produção de petróleo, porque não tem para onde vender até que a situação do mercado melhore. (Oilprice).