A Eletrobras, maior concessionária de energia da América Latina, tem grandes planos de investimentos para os próximos 05 anos, com a intenção de expandir e crescer através de fusões e aquisições.
A empresa brasileira planea investir aproximadamente $17 biliões, com foco em investimentos para geração de eletricidade no valor de $3,6 biliões durante esse período. Além disso, a Eletrobras está a busca oportunidades de aquisição em capacidade de energia de baixo carbono e já tem previsto cerca de 15 novos negócios.
A expansão da rede de transmissão do país é fundamental para o crescimento das capacidades de energia eólica e solar, especialmente no nordeste do Brasil, onde está concentrada a maior parte dessa capacidade. Para levar energia elétrica para o sul e sudoeste do país, mais linhas de transmissão são necessárias. De forma a alcançar esse objectivo, o governo brasileiro lançou recentemente uma licitação para mais de 6.000 Km de novas linhas de transmissão, e espera realizar mais 02 licitações para aumento da capacidade de transmissão.
O Brasil já se destaca como um grande produtor de energia renovável, graças aos seus recursos hidrelétricos, com 84% de sua geração de energia proveniente de fontes renováveis. No entanto, o país também está focado no potencial das energias eólica, solar e hidrogénio. A Eletrobras foi privatizada há 01 ano. O governo brasileiro emitiu novas acções da empresa e as vendeu, reduzindo sua própria participação na empresa e gerando $6,3 biliões em receitas. Houve contestações da privatização no passado, mas espera-se que a Suprema Corte rejeite o desafio.
O presidente Lula da Silva, durante seu governo, já havia se manifestado contra a privatização da Eletrobras, chamando-a de “errática” e “quase banditária”. A empresa encontra-se actualmente a identificar oportunidades de investimento e de expansão da sua actividade, para cimentar a sua posição de mercado e garantir uma maior oferta de energia na América do Sul.
