Os navios petroleiros que transportam pelo menos 18,1 MMbbls de crude venezuelano estão ociosos no mar em todo o mundo, alguns por um período que rondam até 6 meses, uma vez que muitos dos antigos e potenciais clientes não querem arriscar com a entrega por medo de serem aplicadas sanções secundárias dos EUA.
Pelo menos 16 navios-tanques estão paralisados nas costas de África e do Sudeste Asiático, os 18,1 MMbbls venezuelanos presos no mar são equivalentes à 2 meses da produção actual do país.
No início deste ano, os EUA aplicaram sancões ao braço comercial da Rosneft, sediado na Suíça, e foi declarado que estão prontos para apertar ainda mais o nó do governo venezuelano.
Na semana passada, o Departamento do Tesouro dos EUA designou 3 indivíduos e 8 entidades estrangeiras e identificou 2 navios como propriedade bloqueada pelas suas actividades ou associações à uma rede que tenta evitar as sanções dos EUA ao sector petrolífero da Venezuela.
As entidades sancionadas incluem a Libre Abordo, com a sede no México e a sua filial Schlager Business Group. Apesar das sanções dos EUA, o petróleo venezuelano ainda continua a chegar à China, pelo menos nos últimos meses.
O petroleiro Delos Voyager, que agora é uma propriedade bloqueada, carregou cerca de 515.000 bbls venezuelanos em meados de Janeiro de 2020 e entregou a Qingdao, China. O petroleiro EUROFORCE carregou 500.000 bbls venezuelano em meados de Março de 2020 e transferiu a carga para outro navio no mar da China Meridional no final de Maio de 2020. (Oilprice).