A companhia estatal de petróleo e gás YPF, da Argentina, está a preparar o primeiro carregamento de gás natural liquefeito do país. Este é o primeiro passo de um processo que a YPF está a levar a cabo no sentido de exportar e expandir o mercado de gás para o mundo.
Com um volume equivalente a 30.000 m3, a venda está a ser efectuada pela empresa Cheniere Energy dos Estados Unidos. O destino, no entanto, ainda não foi revelado.
O gás foi extraído do prospecto de xisto Vaca Muerta, uma das maiores formações de xisto do mundo e a grande esperança energética da Argentina. Chamado “o Permiano Argentino” e a peça que pode transformar a Argentina de importador líquido de petróleo e gás em exportador líquido. De acordo com estimativas do governo argentino, o Vaca Muerta poderia dobrar a produção de petróleo do país para 1 mbpd até 2023, com a produção de gás natural subindo para 260 milhões de metros cúbicos por dia.
A YPF estimou que as exportações de gás natural liquefeito sozinhas poderiam render mais de $ 200 milhões. Isso constituiria um décimo das receitas globais de exportação da empresa. De acordo com os planos, o GNL será exportado durante o verão, quando a demanda local estiver em seu nível mais baixo, uma vez que a Argentina ainda não produz gás suficiente tanto para o consumo interno quanto para as exportações durante o ano todo.
Atá agora já foram investidos biliões de dólares no Vaca Muerta, que poderá de tornar no segundo maior depósito de gás do mundo; mas o retorno do investimento continua lento, devido à falta de infraestruturas na área, o que praticamente aumenta o custo total, desde fracturamento até a exportação. As mudanças legislativas também afectaram as perspectivas de rentabilidade dos operadores em Vaca Muerta e retardaram seu desenvolvimento, o que levou com que várias empresas alterassem seus planos de investimento. (Oilprice).
