O fluxo de petróleo transportado da América Latina para China sofreu uma paralisação após o surto mortal do coronavírus, que afundou os preços do petróleo para um mínimo dos últimos 3 três meses. Não há carregamentos de petróleo para China quer seja do Brasil ou da Colômbia desde a semana passada.
As refinarias chinesas são responsáveis por receber 1/3 de todo o petróleo do Brasil, Colômbia e outros países da América Latina. Espera-se que a demanda por combustíveis de aviação e gasolina decorrente das restrições dos voos implementadas com o intuito de impedir que a propagação do vírus, o que inevitavelmente alcançará as refinarias que devem reduzir a produção em algum período.
O Brasil é o principal fornecedor latino-americano de petróleo bruto para a China, particularmente para as refinarias independentes conhecidas como teapots, que estão mais expostas aos efeitos da demanda reduzida.
Com a dinâmica de acontecimentos, instaura-se o medo, que por sua vez produz um efeito sobre a demanda e os preços que a OPEP anunciou nos últimos dias, considerando-se no avanço da reunião agendada para o mês de Março, uma vez que os efeitos do coronavírus continuam a exercer uma forte pressão descendente sobre os preços do petróleo.
Estima-se que o cartel tivera discutido sobre uma extensão actual do contrato de corte de produção e que todas as opções estavam sobre a mesa. Mesmo com o declínio da produção de petróleo da Líbia de quase 1 mbpd devido ao bloqueio do porto por forças leais ao general Khalifa Haftar, os preços do petróleo sofreram pressão descendente. Já que os temores de destruição da demanda de petróleo atualmente superam interrupções no fornecimento.
Há poucos dias atrás, a Petrobras afirmou que havia suspendido todas as viagens de funcionários para China, devido ao vírus. (Oilprice – 07/02/2020)