O projeto de gás natural liquefeito da Total SA em Moçambique arrecadou até $ 16 biliões em financiamento, o que levou a um envolvimento de diversos bancos, apesar da desaceleração do investimento no sector energético, uma vez que o coronavírus afectou a economia global.
É o maior investimento estrangeiro direto em África, o fecho do financiamento está previsto para o final de Setembro, o Banco Africano de Desenvolvimento creditou cerca de $400 milhões em empréstimos sênior e o Banco Japonês para Cooperação Internacional assinou um contracto de empréstimo de até $3 bilhões para o projecto no norte de Moçambique.
Embora o petróleo tenha retornado parcialmente dos impactos da Covid-19, o mercado de gás continua a enfrentar um excesso de oferta em massa, apesar disso, os credores estão a confiantes devido a localização do país no sul de África o que irá facilitar a exportação e o grande tamanho dos depósitos de gás vinculados ao projecto. Este projeto poderá levar a uma transformação significativa da economia moçambicana, que ainda enfrenta desafios significativos incluindo a sua localização em uma área onde uma insurgência islâmica começou em 2017.
Projetos semelhantes como o Rovuma LNG da Exxon Mobil Corp, está a ser construído próximo das instalações da Total e foram adiados devido aos preços baixos do petróleo causados pela propagação do coronavírus.
O projeto LNG de Moçambique irá gerar cerca de $50 biliões em receita para o governo por um período de 25 anos, e será complementado pelas vendas do projecto ainda maior liderado pela Exxon. O projecto localiza-se numa zona estratégica entre a Europa e Ásia, construído na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. A empresa Nacional de Hidrocarbonetos, estatal de Moçambique, Mitsui & Co Ltd., ONGC Videsh Ltd., PTT Exploration and Production Pcl e Bharat Petroleum Corp. também são parceiros do projeto LNG.