A produção de petróleo caiu 1,4% em Abril em relação ao produzido em Março, e 7,5% em relação a produção alcançada no início do ano, atingindo uma média de produção de 1,73 mbpd. Problemas técnicos nas operações de produção e erros no projecto de expansão no Ártico estão na base deste declínio.
Nos primeiros 4 meses de 2019, a produção norueguesa caiu 9% em relação ao mesmo período em 2018, atingindo uma média de 1,8 mbpd, uma queda de cerca de 200.000 bpd em relação ao pico de 2 milhões bpd em 2016.
Espera-se uma recuperação da produção norueguesa até Novembro, com a entrada em produção do grande campo Johan Sverdrup, que poderá atingir uma produção de 400.000 bpd na 1º fase, embora a indústria e a Equinor encontram algumas dificuldades técnicas.
A expansão ao longo do Ártico tem sofrido alguns entraves devido aos erros de catalogação de alguns projectos como o Goliat, que atraiu algum ceticismo centrado na companhia Eni. As paragens não inesperadas, incluindo aparentes derrames petrolíferos no campo Statford, assim como manutenções sazonais, resultaram na queda de produção registrada em Abril.
Depois do Johan Sverdrup, o novo projecto da Equinor Johan Castberg irá aumentar a produção no Ártico, mas sem haver ainda uma determinação dos volumes em questão. O projecto Castberg entra em produção em 2022 e conta com uma infras-estrutura mais convencional, FPSO, ao invés do design cilíndrico do Goliat, que contribuiu para os riscos registrados na planta.
Os dados do NPD indicam que a produção do Goliat continua a abaixo dos níveis de 2018, com uma produção média de 48.000 bpd nos primeiros 3 meses, em comparação com uma capacidade da FPSO de 110.000 bpd. A Eni expandiu seus negócios na Noruega em uma Joint venture com a Point Resources, chamada Var Energi em Dezembro último.
O recente relatório anual da Var Energi demonstra que as operações do Ártico vêm com desafios diferentes daqueles que operam em climas menos severos e acrescenta que tem aprendido a administrar tais questões. (Platts).
