Angola está a produzir menos de 1 milhão de barris de petróleo por dia pela 1ª vez desde 2003, período em que o país alcançou este marco na produção petrolífera.
A produção actual do país membro da OPEP situa-se em 975 mil barris de petróleo/dia
O país vem sofrendo de um declínio acentuado na produção de petróleo que teve início em 2016, tendo atingido taxas de declínio de (-7%) em 2019, e (-12%) em 2021 e alcançou uma estagnação em 2022.

A ausência de licitação de novos blocos é tida como o principal factor para a baixa da produção. Na última década houve uma diminuição contínua nas actividades de pesquisa e no tamanho das descobertas, uma vez que por exemplo em 2017 não foi perfurado nenhum poço de pesquisa no offshore angolano. A falta de políticas e incentivos para o desenvolvimento de campos marginais, paragens inesperadas, envelhecimento dos equipamentos e a maturação dos campos petrolíferos completam a lista dos factores que contribuem para o declínio da produção de petróleo e gás em Angola.

Nos últimos 7 anos, a produção de Angola caiu 37%, representando uma diminuição de 235 milhões de barris/ano, o que tem trazido um impacto negativo à economia angolana face à petro-dependência verificada naquele país da África Subsaariana.
A actual produção abaixo dos 1 MBPD deve-se maioritariamente à paragem programada registada no Bloco 17, operado pela TotalEnergies, que se prevê durar 35 dias, vai reduzir significativamente a oferta de petróleo angolano nos mercados internacionais por pelo menos 1 mês. Apenas 30 carregamentos, um número incomumente baixo, devem partir de Angola em Março. Por outro lado, estima-se que Angola poderá até mesmo não exportar qualquer petróleo Dália em Março porque a produção do campo precisará ser encerrada para concluir as obras.
O governo angolano tem trabalhado activamente com as companhias petrolíferas com a finalidade de aumentar a produção. O governo está muito empenhado no sentido de recuperar os níveis de produção, tendo já lançado a ronda de licitação para blocos petrolíferos situados na bacia de Namibe, bacia de Benguela, do Kwanza e Baixo Congo, com o objectivo de assegurar a substituição de reservas e promover a actividade de exploração.