As propostas mais recentes incluem reduzir as demandas de conteúdo local, liberalizar o mercado de gás e impulsionar as vendas de campos, a fim de atrair novos investidores. As medidas visam, em parte, ajudar a Petrobras a diminuir ainda mais a sua dívida e focar-se mais no crescimento do pré-sal.
O sector de petróleo e gás do Brasil passou por grandes mudanças nos últimos 3 anos em resposta aos eventos de 2014. Nesse momento, a Petrobras estava em crise financeira devido a uma combinação de dívidas, corrupção, colapso do preço do petróleo e o facto de o governo ter suspendido novas rondas de licitações nos últimos 5 anos, como resultado, o número de novos poços e actividades em geral havia caído.
Para rever o colapso, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível) em conjunto com o governo começou a promulgar uma série de medidas que incluiu a abertura do Pré-sal para novos players e a realização de rodadas de licitações em uma base mais regular. Durante 2016 e 2018 houve cerca de 100 rodadas de licitações em 82 países, o que levou a concessão de 3.000 blocos de exploração. Destes apenas 72 estavam no Brasil, mas esses blocos atraíram $7,5 biliões da oferta de $9 biliões em todo o mundo.
Assim, o Brasil obteve 75% do financiamento disponível desses negócios. A ANP planeia fazer 3 rodadas de licitações no 2º semestre deste ano, com licitações e premiações prevista para o final de 2019. Primeiro será a 16ª rodada de licitações, com 36 blocos em oferta no pré-sal no sul de Camamu-Almada, Campos, Jacuípe, Pernambuco-Paraíba e santos, além de outros blocos no nordeste do Brasil.
O foco da 6ª rodada de partilha de produção será nos blocos de pré-sal mais atraentes das regiões Aram, Bumerangue, Cruzeiro do sul, Norte de brava e sudoeste de Sagitário.
Em colaboração com a empresa petrolífera portuguesa Galp, a ANP também investigou o domínio da Petrobras sobre o mercado de gás natural do brasil. O governo anunciou mudanças para tornar o negócio mais dinâmico, encorajando a competição para atrair novos participantes, incluindo produtores de gás no pré-sal, a fim de trazer mais gás para os consumidores do país em vez de injectar a maior parte. Todas essas novas medidas visam atrair todos os interessados, colocando o Brasil numa situação em que nunca esteve antes, criando um sector de petróleo e gás mais diversificado e atraente
Incentivos aos investidores
Uma perspectiva jurídica sobre o investimento no setor de petróleo e gás no Brasil. Apesar das recentes rodadas de licitação, a Petrobras detém o monopólio das infraestruturas de transporte, que torna o gás e o combustível no Brasil extremamente caros. No entanto, a nova administração eleita no ano passado está a analisar em como conter os investimentos em energia hidroelétrica e fazer mais para aproveitar o gás natural offshore do país para fins energéticos.
Em 2018, a Petrobras completou 10 anos de produção de pré-sal. A empresa conta actualmente com 24 plataformas operando em áreas de pré-sal, sendo 17 produzindo exclusivamente do pré-sal e outras 6 em outras camadas.
A produção de petróleo do pré-sal alcançou os níveis mais altos de 1,4 mbpd, e 1,7 mbpd no total. O 1º poço levou 300 dias para ser perfurado e completado; agora o processo leva menos de 100 dias. Ao mesmo tempo, a Petrobras cortou seus custos de lifting no pré-sal de $14/bbl para $7/bbl.
Os campos possuem grandes recursos, com poços de alta produtividade, fornecendo óleo leve com baixo teor de enxofre. A empresa também está fortemente a investir na bacia do pós-sal de Campos, no Marlim e em outros campos produtores, bem como na exploração.
Em 2018, a Petrobras adquiriu participações em 11 blocos de exploração no Brasil, com estimativas de custos de$11 biliões nos próximos 5 anos, alguns dos quais serão alocados para concessões concedidas em futuras rodadas de licitações. (Offshoremag).