A empresa de petróleo e gás Afentra plc, liderada pelo ex-CEO da Tullow Paul McDade, celebrou um acordo com a major angolana Sonangol, no intuito de comprar as participações no Bloco 3/05 e no Bloco 23, offshore Angola.
A Afentra irá liquidar cerca de $80 milhões incluindo a probabilidade de efectuar pagamentos de contingência de até $50 milhões no total a partir de 1 de Janeiro de 2023, sendo que também está previsto o desembolso de $0,5 milhão para o Bloco 23. No entanto, os investimentos estarão sujeitos à dinâmica do mercado, principalmente pela flutuação do preço do barril de petróleo e os obstáculos na produção.
A aquisição marca a entrada da companhia em Angola, actualmente caracterizado como um dos principais mercados-alvo da empresa na África Ocidental, visto que no Bloco 3/05 a Afentra irá adquirir uma participação de 20% como não-operada e uma outra participação de 40% no Bloco 23 igualmente como não-operadora, sendo este um prospecto em águas profundas bastante atrativo. O Bloco 3/05 está localizado na Bacia do Baixo Congo, composto por 8 campos produtores já em fase de maturação, sendo que as descobertas foram feitas pela Elf Petroleum, atualmente denominada TotalEnergies no início dos anos 80. O desenvolvimento foi feito por plataformas de águas rasas entre 40-100m.
A Sonangol assumiu as operações a partir de 2005 e concentrou-se em sustentar a produção através de workovers e manter a integridade dos activos. Nenhuma campanha de perfuração de preenchimento ocorreu nos últimos 15 anos. O activo possui um portfólio diversificado de mais de 100 poços visto que atualmente produz em 40 poços e possui 9 poços de injeção de água activos. Em 2021, a produção bruta média diária foi de 17 KBPD, e reservas brutas 2P de aproximadamente 100 MMBBLS.Após a conclusão da Aquisição, a JV será composta pela Sonangol como operadora e uma participação de 30%, Afentra com 20%, M&P 20%, ENI 12%, Somoil 10%, NIS-Naftagas 4% e INA 4%.
O Bloco 23 é um bloco de exploração e avaliação localizado a 5.000 km2 na bacia do Kwanza, numa lâmina de água de 600 a 1.600 metros. Embora o grande bloco seja coberto por modernos conjuntos de dados sísmicos 3D e 2D, sem compromissos de trabalho pendentes, a maior parte do bloco permanece inexplorada. O bloco conta com a primeira descoberta no pré-sal em águas profundas na bacia do Kwanza. Esta descoberta foi feita em reservatórios carbonáticos com óleo in place de cerca de 150 MMBOE e testado num nível de fluxo em torno de 3.000 – 4.000 BPD de petróleo leve. Após a conclusão do processo de aquisição, espera-se que a JV seja composta pela Namcor, Sequa e Petrolog – operadora com 40% dos direitos, Afentra 40% e Sonangol 20%.
Embora a conclusão esteja prevista para o 3º trimestre de 2022, os próximos passos do processo incluem a conclusão do exercício de due diligence da Afentra, a prestação de uma garantia bancária em relação ao depósito da transação em cerca de 10% e a conclusão do processo de direito de primeira oferta pela Sonangol. Em adição, prevê-se as aprovações governamentais e uma extensão da licença concedida ao Bloco 3/05.
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